terça-feira, 30 de junho de 2015

“O Profeta do Amor”

 Oséias, o profeta do amor OSÉIAS I – Nome e personalidade – O nome de Oséias, como os de Josué e Jesus, provenientes da mesma raiz hebraica, significa “salvação”, “ajuda” e “libertação”. É provável que o profeta fosse natural de Israel do Norte, segundo indicam suas freqüentes alusões ao Líbano, Samaria, Betel, Jezreel e Ramá. Como um filho do campo, como um rústico, Oseías sacou muitas de suas pequenas e encantadoras figuras do lar, do horto e do rancho, conforme os versos Oséias 4:16; 7:4-8; 8:7; 10:11; 11:4; 13:3,15; 14:7. Aqui se encontram os contrastes com Amós, o qual retrata as áridas montanhas de Judá e o Mar Morto. Oséias é o missionário nacional de Israel do Norte, assim como Jonas o foi do exterior. Ele era manso, pensativo, inclinado à melancolia, mas também franco, afetuoso e cheio de patriotismo. Ele foi o Jeremias do reino do norte. Ambos foram ardentes patriotas, possuindo natureza religiosa e altamente sensível. Jeremias foi mais consciente de si mesmo em sua dor. Oséias foi mais delicado e controlado. Jeremias foi mais um teólogo, Oséias foi mais um poeta. Seu livro é uma profecia e ao mesmo tempo também, um dos mais evangélicos. II – O seu tempo –Ler Oséias 1.1. Por isso Oséias, como Amós, começou a profetizar em tempo de grande prosperidade. O Rei Jeroboão II encabeçava um despotismo militar arrogante, como um verdadeiro descendente de Jaú. Em seus dias, Israel esteve no ápice da prosperidade militar, mas, ao mesmo tempo, despencava com rapidez na corrupção moral. Em 2 Reis nos informa que na morte de Jeroboão aconteceram dissensões internas, com políticos rivais sacrificando os interesses da nação aos seus próprios interesses, com o poder nacional declinando seriamente (Os10:7). Jeroboão foi, realmente, o último homem forte de Israel. Dos seis reis que o sucederam, somente Menaém morreu de morte natural. “Conspiração” era a chave da história desse período, conforme a 2 Reis 15. Zacarias reinou por seis meses, Salum, por um mês apenas. Em seu desespero, primeiro os reis se inclinavam numa direção, em seguida noutra, havendo logo um ou outro que se inclinava pela ajuda estrangeira, pagando tributo alternadamente à Assíria e ao Egito, até perderem definitivamente a independência e a autonomia nacional, esgotando os seus recursos e vendo-se forçados a se tornarem vassalos da Assíria. Quando acabou a sua independência, o declínio veio rápido. Para um patriota como Oséias, era terrível pedir ajuda aos governos estrangeiros (Oséias 8.9 e 10.6). Semelhante política não remediava a enfermidade moral da nação (Oséias 5.13). As coisas iam de mal a pior (Oséias 4.1-2). As condições eram terríveis. A religião havia se transformado na idolatria mais sensual. A vida familiar se fez dissoluta, razão pela qual o profeta a condenou mais que tudo. Em toda parte havia oposição entre os homens, sendo desesperadora a perspectiva da nação. O sol de Israel ia se pondo e somente um profeta poderia discernir o trágico fim da nação. De fato, pouco tempo depois que Oséias deixou de profetizar, o povo foi levado cativo para a Assíria pelo rei Sargão (2 Reis 17). III - Duração do ministério de Oséias – Alguns crêem que o seu ministério ativo perdurou apenas dez anos. Essa opinião se apóia nas referências do profeta a Gileade, em Oséias 6:8 e 12:11, as quais parecem indicar que o profeta ignorava a guerra entre a Síria e Efraim (734 a.C). Contudo, mais recentemente, há discordância se Oséias não faz referência esse evento.Visto que Oséias terminou o seu ministério antes do rei Oséias ter subido ao trono, pode-se acreditar que as profecias de Oséias se estenderam sobre um considerável período da história de Israel, o qual poderia ser colocado entre 750 e 725 a.C. IV – A vocação de Oséias - (Capítulos 1-3). A história pessoal de Oséias pode ser interpretada como um símbolo pessoal da experiência de Javé com Israel e pode ser considerada como a chave do seu ensino. Com delicadeza e sem egoísmo, ele narra a trágica história de sua vida familiar. Esta infundiu como um fogo em sua alma duas idéias: o amor e a fidelidade de Javé por Israel e a infidelidade e ingratidão de Israel para com Javé. Vejamos o que dizem os versos Os 1.1,2. A mulher escolhida foi Gomer, a qual lhe deu dois filhos e uma filha: Jizreel (vingança), Lo-Ruama (sem compaixão) e Lo-Ami (vós não sois meu povo), nomes que significavam o julgamento que, inevitavelmente, iria recair sobre a casa de Jeú. Gomer era infiel aos votos matrimoniais. Metendo-se em orgias desenfreadas a Baal e Asterote, ela caiu na escravidão sensual. Logo em seguida, Oséias a redimiu por 15 siclos de prata e 1,5 ômer de cevada (Oséias 3:2). Desse modo, pelas amarguras sofridas no próprio lar, o profeta aprendeu o amor inextinguível de Javé. Toda a sua história conduz à experiência da realidade. De fato, somente com uma história verdadeira as palavras do profeta poderiam surtir efeito. Sua própria experiência serviu como um espelho vivo das relações infiéis de Israel para com Javé. Em toda a literatura mundial dificilmente encontraremos uma história de amor que se compare à de Oséias. Sua paixão por Gomer não era simplesmente uma forte explosão de sentimento. Era, antes de tudo, um fogo consumidor encerrado em seus ossos, o qual nenhuma infidelidade de Gomer poderia abrandar e nem o sofrimento pessoal de Oséias poderia extinguir. Por isso ele é chamado, apropriadamente, “O Profeta do Amor”. V - A mensagem de Oséias - (Capítulos 4-14) - Sem dúvida, em toda parte a sua personalidade é revelada, a maior parte, provavelmente, pelas muitas notas colecionadas com esmero, durante anos. Com muita propriedade esse livro tem sido descoberto como um “amplo monólogo apaixonado, interrompido por soluços”. Ou então, como dizem outros: “mais soluços do que palavras”, o que se torna claro: os capítulos 1-3 falam do mensageiro, enquanto os capítulos de 4-14 falam da mensagem. A primeira seção é uma espécie de autobiografia espiritual, meio narrativa, meio profética, com o confesso amante atormentado à causa de um coração, o qual, pela angústia do amor humano ultrajado, conquistou o segredo do amor divino. A segunda seção consiste numa série de sermões, meros fragmentos de admoestação e promessas, sem quaisquer divisões claramente indicadas. A razão desse tipo mesclado e desconexo de discurso profético se torna perfeitamente clara, especialmente quando reconhecemos que a teologia de Oséias é a do coração em vez da teologia da cabeça. Apesar disso, é possível traçar, por propósitos homiléticos, os sucessivos passos na destruição nacional de Israel, como segue: 1º. - A falta de conhecimento, conforme o verso Os 4:6: “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos”. Isto significa “falta de bom senso”, acusação fundamental de Oséias. A nação ignora a lei de Deus. O povo é sensivelmente estúpido, sem juízo, conforme diz o verso Oséias 4:11: “A luxúria, e o vinho, e o mosto tiram o coração”. A palavra “coração” em Hebraico equivale à palavra “senso”,”discernimento’. Desse modo, a repreensão fundamental do profeta é intelectual. 2º. - O orgulho - (verso 5:5) - “A soberba de Israel testificará no seu rosto; e Israel e Efraim cairão pela sua injustiça, e Judá cairá juntamente com eles”. Isso quer dizer que Israel tem um coração enfermo. O povo não somente era patriota como era também arrogante. Efraim tentou rivalizar com os pagãos como um poder mundano. A prosperidade de Jeroboão se tornou em tropeço para a nação. 3º. - Instabilidade - (Verso 6:6) – “Por isso os abati pelos profetas; pelas palavras da minha boca os matei; e os teus juízos sairão como a luz...” 4º. - Mundanismo - (Versos 7-8) - “Mas eles transgrediram a aliança, como Adão; eles se portaram aleivosamente contra mim. Gileade é a cidade dos que praticam iniqüidade, manchada de sangue”. Isso quer dizer que a política da nação era má. Por falta de entendimento, Efraim buscou alianças com o Egito e a Assíria, tratando Javé de modo leviano. A nação, sem dúvida, havia sido comandada estritamente pelo grande Legislador a ficar separada dos outros povos. Além disso, Efraim era uma torta, ao redor da qual não se havia dado volta, meio cozida de um lado e meio queimada do outro. Alguns eram demasiadamente ricos, outros pobres ao extremo, fervorosos na política, frios na religião, ficando demasiadamente separados nos extremos da sociedade. 5º. - A corrupção - (Versos 9:9-10) – “Muito profundamente se corromperam, como nos dias de Gibeá; ele lembrar-se-á das suas injustiças, visitará os pecados deles. Achei a Israel como uvas no deserto, vi a vossos pais como a fruta temporã da figueira no seu princípio; mas eles foram para Baal-Peor, e se consagraram a essa vergonha, e se tornaram abomináveis como aquilo que amaram”. A religião estava apodrecida. Era extrema a corrupção na política, como era imperdoável na religião. Israel praticava a fornicação espiritual, disfarçada sob a capa da religião, buscando a Baal-Peor. 6º. Apostasia - (Verso 11:7) - “Porque o meu povo é inclinado a desviar-se de mim; ainda que chamam ao Altíssimo, nenhum deles o exalta”. A apostasia já se transformara num hábito. Os homens pereciam por causa dos seus próprios conselhos perniciosos, conforme o verso 11:6: “E cairá a espada sobre as suas cidades, e consumirá os seus ramos, e os devorará, por causa dos seus próprios conselhos”. A vingança contra o mal era preparada pela própria nação e seus conselheiros. Mesmo assim, Javé deseja salvá-la, como vemos no verso 11:8: “Como te deixaria, ó Efraim? Como te entregaria, ó Israel? Como te faria como Admá? Te poria como Zeboim? Está comovido em mim o meu coração, as minhas compaixões à uma se acendem”. (Ver Salmos 23:6). 7º. - A idolatria - (Verso 13:2) - “E agora multiplicaram pecados, e da sua prata fizeram uma imagem de fundição, ídolos segundo o seu entendimento, todos obra de artífices, dos quais dizem: Os homens que sacrificam beijem os bezerros”. Israel foi realmente culpado de completo abandono ao Senhor. Profeta algum jamais menosprezou os deuses fabricados como o fez Oséias. De fato, ele denunciou os pecados de Israel nesse tipo de infidelidade a Javé. VI - A mensagem de Oséias para nós - Oséias nos ensina uma lição geral de valor permanente: que a corrupção interior de uma nação coloca a sua existência em maior perigo do que os seus inimigos. Outra lição semelhante, estreitamente relacionada com esta, é que o patriota mais fiel é aquele que, como Oséias, identifica-se com o seu povo, sentindo tristeza por suas calamidade como se fossem suas, arrependendo-se dos seus pecados, como se ele próprio os tivesse cometido. A mensagem de Oséias, portanto, jamais se tornará obsoleta. O Deus da história antiga é o mesmo Deus da história moderna. Todos os eventos nacionais continuam sob a superintendência divina. Contudo, o Deus de Israel escolheu os Seus agentes, tanto nacionais como individuais. A palavra hebraica “hesed”, tantas vezes encontrada o Livro de Salmos, tem uma significação muito parecida com a palavra “graça” no Novo Testamento. Ela é usada seis vezes por Oséias (Oséias 2:9; 4:1; 6:6; 10:12; e 12:6), devendo ser traduzida por compaixão, misericórdia e bondade. Por isso Oséias é considerado “O Profeta do Amor”.
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quarta-feira, 17 de junho de 2015

O real problema é que nossa mente produz aquilo que nos contamina.

O problema da impureza – Marcos 7:15-19 Ekkehardt Mueller Marcos 7:15-19 é uma daquelas passagens que são facilmente má compreendidas. As pessoas argumentam que Jesus aboliu as leis a respeito da comida e “declarou limpos todos os alimentos.” Marcos 7:1-2 relata que os discípulos de Jesus estavam comendo pão sem terem lavado as mãos. Tal comportamento estava contra as tradições judaicas como descritas nos versos 3-4. Portanto, os fariseus e escribas se dirigiram a Ele e indiretamente reprovaram a Jesus (v. 5) por supostamente não guardar a lei. Ao responder Jesus não lida diretamente com a questão levantada por seus adversários (vv. 6-13), mas foi diretamente ao coração da questão. Ele revelou a hipocrisia deles ao aplicar uma citação do Antigo Testamento (Isaías 29:13) como se referindo a eles e como se relacionando com um de seus costumes. Como forma de ilustração Jesus colocou o foco no quinto mandamento do decálogo e as tradições que o rodeavam. Com isso ele mostrou de que os judeus estavam transgredindo a lei de Deus e invalidando a Palavra do Senhor por causa de suas próprias tradições, e ele os rejeitou por tal atitude (v. 7-9, 13). A seguir Jesus se dirigiu às multidões e mudou o tema da transgressão da lei de Deus para a questão da impureza e contaminação (vv. 14-15). Esse conceito seria desenvolvido mais adiante em uma conversa particular com os discípulos (vv. 18-23). Jesus sublinhou que os pensamentos mais são o que fazem o homem impuro. Ao passo que na primeira parte dessa passagem mais longa Jesus colocou o foco na lei de Deus, na segunda parte ele lidou com o problema da impureza. Quando falou com os discípulos ele combinou ambas as questões. A lista de doze vícios nos faz recordar o decálogo e outros mandamentos do AT (Levítico 18, por exemplo). Então na parte final de Marcos 7:1-23 Jesus uniu os assuntos de guardar a lei de Deus e evitar a contaminação. Aqui está um esboço da passagem: Introdução (1-4): Impureza A estrutura da narrativa (1) Escribas e Fariseus versus discípulos de Jesus (1-2) (2) Informações sobre o pano de fundo das tradições judaicas (3-4) Primeira cena (5-13): A Lei (1) A pergunta dos escribas e fariseus (5) Discurso direto: Questão a respeito da violação das tradições dos anciãos. (2) A resposta de Jesus (6-8) Discurso direto: Citação do Antigo Testamento (Isaías 29:13) e ênfase na Lei de Deus. (3) Jesus fala (9-13) Discurso direto: A Lei de Deus e um exemplo da vida cotidiana, citações do Antigo Testamento (o quinto mandamento em Êxodo 20:12; e Êxodo 21:17), e conclusão. Segunda cena (14-15): Impureza (4) Jesus se dirige à multidão (14-15) Discurso direto: Impureza Terceira cena (17-23): A impureza e a Lei (5) A pergunta dos discípulos (17) 2 (6) A resposta de Jesus (18-19) Discurso direto: Nada de fora pode contaminar o coração. (7) Jesus fala (20-23) Discurso direto: A verdadeira contaminação vem de dentro, isso é, do coração e é contra a lei. O assunto dessa passagem não é alimento limpo versus alimento imundo. É comer sem levar as mãos, ou seja, com mãos impuras. Jesus não está discutindo o tipo de comida que pode ser comida, mas apenas a forma como ela é comida. Jesus não está lidando com uma questão bíblica e sim com a tradição dos anciãos. O texto paralelo em Mateus 15:1-20 é ainda mais claro. Ele começa com a problemática de comer com mãos impuras e se refere a esse ponto novamente no fim da passagem (Mat. 15:20). Além disso, o texto não fala a respeito de carne, mas a respeito de comida (bromata). Restringir essa discussão apenas em torno de carnes é ignorar o significado da palavra grega. O contexto fala sobre o pão que os discípulos comeram (versos 2 e 5). “declarou limpos todos os alimentos” (v. 19) é um comentário de Marcos que se refere a Jesus. Não é o processo digestivo que purifica o alimento, mas Jesus declarou limpo mesmo o alimento consumido sem se lavar as mãos. Jesus não negou a distinção entre carnes limpas e carnes imundas. Se esse tivesse sido o caso Jesus teria de fato quebrado a lei. Ao contrário, Jesus deu inteiro apoio à lei o que inclui o decálogo bem como outros preceitos do Antigo Testamento. Eles ainda estavam válidos em seu tempo como estão validos hoje. Tivesse Jesus abolido as leis a respeito de comida, por que teria Pedro na visão registrada em Atos 10 se recusado a comer carne imunda? Um comentário interessante sobre Marcos 7 foi feito por Robert A. J. Gagnon, um erudito não-adventista: “O dito em Marcos 7:15-19 sobre o que contamina uma pessoa é freqüentemente citado como prova de que Jesus aboliu as leis a respeito dos alimentos. É bem mais provável que Jesus intencionava fazer um contraste hiperbólico: O que realmente mais importa não é o que entra em uma pessoa mas o que sai ...Se Jesus (porém) não aboliu mesmo coisas como leis a respeito da comida e devolução meticulosa do dízimo, então é impossível que Ele tenha abolido a proibição de um ato tão sério como o ato sexual homossexual.”1 Gagnon afirma que Jesus era contrário à homossexualidade, pois em Marcos 7:22 ele menciona a palavra porneia como algo que surge de dentro dos seres humanos e os contamina. Porneia se refere a diferentes tipos de pecado sexual incluindo-se a homossexualidade, pecados tais quais os mencionados em Levítico 18. Uma vez que Lev. 18 ainda está válido no Novo Testamento, como Paulo demonstra (1 Cor. 5), a lei sobre carnes limpas e imundas como encontrada em Lev. 11 também não foi abolida por Jesus Cristo. A Mensagem principal de nossa passagem é: A vontade de Deus é importante e não deve ser circundada (por tradições/opiniões humanas), e o verdadeiro problema da impureza é nosso coração pecaminoso que afeta nossos processos de pensamento e atitudes. Portanto, em Marcos 7:15 Jesus muda o foco da impureza ritual para a questão mais importante da impureza moral em relação à nossa natureza humana. Isso nos lembra de Mateus 23:23, onde Jesus não está contra a meticulosa prática do dízimo, mas mostra que não é suficiente o apenas devolver o dízimo. Existem questões mais importantes na vida cristã que não podem ser negligenciadas sem prejuízo e sofrimento. O real problema não tem que ver com questões externas (7:15, 18-19) ou mesmo com desafios externos. A questão é a respeito de nossos dilemas internos (7:15, 21-23). 3 A frase “aquilo que contamina o homem” (7:15) é repetida quase que de forma idêntica em 7:19 e 23. E o que sai do homem (7:15) é aquilo que sai do coração, a saber: maus pensamentos (7:21). Os versos 18-23 são um comentário do verso 15, que é chamado de parábola pelos discípulos (7:17). Esse comentário lista doze coisas que causam contaminação. Elas são “adultério, fornicação, assassinatos, roubos, cobiças, maldade, engano, lascívia, suspeitas malignas, blasfêmia, orgulho, loucura” (7:21-22) e são referidos como “maus pensamentos.” Todos os pecados têm sua fonte inicial no coração, e freqüentemente pensamentos se transformam em ações. No sermão da montanha Jesus demonstrou que pensamentos maus já são pecados quando acariciados e não rejeitados (Mat. 5:28). O real problema é que nossa mente produz aquilo que nos contamina. A lista dos vícios nos versos 21 e 22 incluem três termos que se referem a pecados sexuais e que nos lembram do sétimo mandamento. Eles também cobrem o terceiro, o sexto, oitavo, e provavelmente também ao nono e décimo dos dez mandamentos. Em nossos dias, nós somos confrontados com tentações sexuais, violência, engano, orgulho, arrogância, e muitos outros pecados. É fácil e conveniente nos adaptar a um estilo de vida que é comum em nossa cultura. Também é fácil dar desculpas quando falhamos em seguir o exemplo de Cristo. Mas ainda somos nós que fazemos a decisão de responder a esses desafios e imitarmos o comportamento comum ou rejeitá-lo. Como alguém disse, nós não podemos impedir que os pássaros voem sobre nossas cabeças, mas podemos impedir que eles façam ninhos nela! O problema é o nosso coração. Portanto o que necessitamos é de uma renovação da nossa mente. Como isso pode ser atingido não é discutido em Marcos 7:1-23, mas na passagem seguinte (7:24-30) na qual Jesus é apresentado como a solução presente para os nossos problemas. Ele é capaz de expulsar os “demônios.” Ele está desejoso de honrar nossa fé e responder nossas orações. Nossa passagem nos convida a não olhar para os problemas periféricos, mas a encarar as verdadeiras questões, a saber: nosso coração pecaminoso.
www.adventistbiblicalresearch.org

terça-feira, 9 de junho de 2015

Significado de Corbã:

Palavra hebraica que está no evangelho de S. Marcos (7:11), sendo a sua significância 'oferta para o Senhor'.

Exemplo do uso da palavra Corbã:


Por esta causa tornou-se uma fórmula de dedicação a sagrados propósitos, e um mero pretexto para escapar a certas obrigações. a lei 'honra a teu pai e a tua mãe' compreendia o dever de sustentar os pais, se estes estivessem em necessidade; mas se a palavra corbã era pronunciada sobre os necessários meios de auxílio, já estes não eram para os pais, pois isso era sacrossanto. Jesus condenou, foi totalmente contra este voto.
                                                                                      (http://www.dicionarioinformal.com.br)


“Mas vocês afirmam que se alguém disser a seu pai ou a sua mãe: ‘Qualquer ajuda que vocês poderiam receber de mim é Corbã’, isto é, uma oferta dedicada a Deus, vocês o desobrigam de qualquer dever para com seu pai ou sua mãe.”          Marcos 7:11-12

Pensamento: Jesus citou primeiro Moisés (v.10) para depois fazer contraste com a interpretação dos líderes religiosos "mas, vocês afirmam...". O princípio de Corbã permitia uma pessoa dedicar algo exclusivamente ao Senhor ou ao Templo. Assim um bem secular era transformado em algo sagrado, como se fosse uma oferta ao Senhor. O que era "dedicado" ficava isento de qualquer outra obrigação ou ônus, embora continuasse à disposição do dono original. Aproveitando essa prática, algumas pessoas se livraram da responsabilidade de cuidar dos pais em sua velhice. Uma casa ou poupança que os pais poderiam precisar não podia ser usada porque era "dedicada ao Senhor". Uma interpretação da Bíblia que visava regulamentar as coisas sagradas, virou obstáculo para aquilo que Deus considera entre as coisas sagradas - a vida de pessoas necessitadas. Vamos tomar cuidado para não deixar que nossa preocupação com as coisas de Deus vire obstáculo ao nosso cuidado para com os filhos de Deus. Estes, os tesouros mais preciosos para o Senhor, incluem pais e parentes necessitados e doentes. Podem até ser familiares que nunca tiveram interesse no Evangelho. No entanto, se um dia eles tiverem algum interesse, é bem provável que seja por causa do Evangelho que veem em nós.


Oração: Pai nosso, obrigado por nos dar tantas oportunidades para lhe servir. O Senhor chega até nós de tantas formas que às vezes nem O reconhecemos. Perdoe nossa cegueira. Ajude-nos a enxergar Jesus nos lugares menos esperados, até dentro das nossas casas, dentro dos nossos familiares. E que eles possam ver Jesus também andando perto deles e os servindo com amor e carinho. Obrigado, Deus, por essas oportunidades. Em nome e por amor a Jesus oramos. Amém.
                                                                                http://www.hermeneutica.com

quinta-feira, 4 de junho de 2015

DESENVOLVA SEUS TALENTOS
Provérbios 22.29
Deus dá a todo o seu povo dons e talentos únicos. Ao exercitarmos esses talentos e habilidades por meio da lei do uso, eles se desenvolverão. Mateus 25.14-29 conta a história de um homem que deu dinheiro aos seus empregados e esperava que eles o investissem sabiamente e o fizessem render. Do mesmo modo. Deus espera um retorno dos talentos e habilidades que nos deu. Além disso, a pessoa que desenvolve os seus talentos e se destaca no que faz, pode esperar que as portas se abram em sua vida.
Não perca tempo se comparando ou competindo com os outros. Peça a Deus que o ajude a fazer o melhor com os talentos que ele lhe deu.



A VITÓRIA VEM DO SENHOR.
Provérbios 21.31 As guerras e as batalhas nem sempre são vencidas com bravura e poder militar. Provérbio 21.31 afirma. “Os homens aprontam os cavalos para a batalha, mas quem dá a vitória é Deus o Senhor”. Outro modo de dizer isso é.”A vitória vem do Senhor”.

Algo que a história dos Israelitas nos conta é que o povo de Deus tinha vitórias sobre seus inimigos quando estava “nos caminhos de Deus”. Não importava quantos se levantassem contra ele. Se os Israelitas estivessem obedecendo a Palavra de Deus e não adorassem outros deuses. Ele prometia ser o libertador deles.