quarta-feira, 18 de janeiro de 2012




Isaías é um livro que desvenda as plenas dimensões do juízo e da salvação divina. Deus é o Santo de Israel que deveria castigar seu povo rebelde, mas posteriormente o remirá. Israel é nação cega e surda (6.9,10; 42.7), vinha que será pisoteada (5.1-7), povo destituído de retidão (5.7; 10.1-2). O juízo terrível que será desencadeado contra Israel e todas as nações que desafiam a Deus é chamado “dia do Senhor”.

Isaías serviu a Deus desempenhando o papel de promotor de justiça da aliança. Sua mensagem é constituída de acusações, condenações e julgamentos, pois ele declara a maldição de Deus sobre Israel, Judá e as nações (1.2-31; 13 – 23; 56 – 57; 65). O relato autobiográfico de Isaías do seu chamado para tornar-se um mensageiro da corte celestial do Senhor encontra-se no capítulo 6. Quando Isaías foi convocado a representar a corte celeste junto à corte terrena de Jerusalém, ele descobriu que Deus não o estava enviando para salvar Israel, mas para endurecer seus corações impenitentes (6.9-10). Isaías devia apresentar ao povo a acusação do Senhor de que eles eram infiéis e rebeldes (1.2-3; 31.1-3; 57.3-10). O povo de Deus havia se tornado como as demais nações em seu orgulho, sarcasmo e egoísmo. Eles haviam perdido a perspectiva de justiça, de amor e de paz, características do Reino de Deus e tentaram estabelecer seu próprio reino. O profeta também desempenha o papel de advogado. Ele exorta os piedosos a buscarem ao Senhor, a aguardarem o seu Reino, a experimentarem eles mesmo a paz de Deus e a responderem com fé aos novos atos divinos de redenção. A aliança do Senhor termina com bênçãos sobre Israel, não maldições (Dt30. 1-10). Ao final um remanescente piedoso sobreviverá ao julgamento.

A primeira parte do livro, caps. De 1 a 35, enfoca o julgamento de Deus sobre Israel através da Assíria; a segunda, caps. 40 a 66, o retorno do remanescente do exílio na Babilônia e sua libertação final no futuro distante. A segunda parte com a primeira inicia-se com uma visão da corte celestial. Isaías ouve furtivamente Deus enviando mensageiros para anunciar que o castigo já foi pago e que por isso terá fim (40.1-18). A visão que Isaías tem do Reino de Deus é grandiosa, pois inclui a história da redenção desde os seus dias até alcançar a plenitude da salvação. Ela abarca do exílio, a volta dos judeus do exílio, a missão, o ministério e o Reino de Jesus Cristo, a missão e a esperança da Igreja, o governo atual de Jesus sobre este mundo e a restauração de todas as coisas em santidade e justiça.

 Cristo livrará a humanidade da prisão do pecado (52.13 – 53.12). Tornou-se luz para os gentios (42.6), a fim de que as nações condenadas ao juízo (cap. 13 a 23) pudessem achar a salvação (55.4,5).


O Reino do Senhor na terra, com seu Rei justo e seus súditos justos, é o alvo em direção ao qual o livro de Isaías avança com firmeza. A terra restaurada e o povo restaurado passarão, então, a cumprir o ideal divino, e tudo resultará no louvor e na glória do Santo de Israel, por causa do que Ele tem realizado.