sexta-feira, 18 de março de 2011


VALE TUDO NAS ROUPAS

Trajes Santos


A transgressão aos modelos tradicionais provoca, por outro lado,
rejeição ou exclusão, quando gera mal-estar entre os presentes, embora tenha
havido desde o movimento da contracultura (1968), adesão a novos hábitos,
que incluem um verdadeiro vale-tudo nas roupas e nas atitudes. Isso cresceu
com fenômenos que contribuíram na formulação dos novos ideais de
modernidade: emancipação feminina, aumento dos custos de subsistência e
novos padrões de consumo. Eles reforçaram a rebeldia às tradições e se
encaminharam à informalidade excessiva, induzindo a adoção de vestuário
distante do terno e gravata ou vestido, sapatos e meias de seda.
 Algumas mulheres assimilaram tais proposições sem avaliar a
adequação dos modelos ao seu corpo, suas responsabilidades e ao ambiente.
Roupas muito extravagantes sugerem desqualificação, carência de senso
estético e pouco apreço pelas atribuições. Alguns homens também têm
ignorado as regras e princípios para a circulação em diversos ambientes,
desconhecendo os limites do bom senso e do cerimonial inerente a cada
evento público.
É preciso evitar, então, primeiramente as roupas que expõe o corpo de forma escandalosa, como decotes profundos, blusas que mostrem a barriga. - isto é, banalizar o momento sagrado.
O bom senso nos mostra, por exemplo, que partindo do princípio da solenidade, é melhor que se use uma saia do que uma calça jeans . Ora, na nossa cultura, não se vai a um encontro social solene usando uma calça jeans!
O bom senso nos mostra também que, partindo do princípio do respeito e da não-banalização do sagrado, é melhor que se evite roupas que chamam atenção para o corpo. É melhor que uma mulher, por exemplo, utilize uma blusa com mangas do que uma blusa de alcinha; é melhor que utilize saia ou vestido do que uma calça jeans ou estilo "mulher-gato" (isto é, apertadíssima); também é melhor que se utilize, por exemplo, uma camisa ou camiseta discreta do que uma camiseta do Internacional ou do Grêmio.
A questão se reveste de uma seriedade ainda maior quando se trata daqueles que exercem funções litúrgicas, tais como os  músicos. Pois estes, além de normalmente estarem mais expostos ao público que os demais, acabam por serem também modelos.
É de acordo com este senso que até a pouco tempo atrás era comum se utilizar a expressão popular "roupa de Missa"  como sinônimo da melhor roupa que se tinha. Quanto bem faria  se esta expressão fosse restaurada!
Quanto aos que afirmam que "o que importa é o coração", vale lembrar que aqui não cabe a aplicação deste princípio, pois isso implicaria colocar-se em contraposição com grande parte das escrituras sagradas.

Adorai ao Senhor vestidos de trajes santos; tremei diante dele, todos os habitantes da terra. Salmos 96:9


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