Na
década de 80 a Depressão cresceu.
São Paulo a Depressão
era imensa. Em São Paulo era inclusive algo maior. Quanto mais urbano era o
lugar, mais deprimidas as pessoas tendiam a se tornar. As razões da depressão
deixaram de ser até justificáveis objetivamente, pois surgia agora a depressão
difusa, existencial, sem causas aparentes.
A Depressão è uma epidemia global; mas sempre muito mais ligada aos
ambientes urbanos ocidentais; exceto no Japão.
Já no início dos anos
90, ouvi falar em “Síndrome do Pânico”. Então, de súbito, muita gente passou a
sofrer de pânico. Muita gente andava com o remédio na bolsa a fim de ter um
“Frontal” no caso de uma crise de pânico e falta de ar.
A “Síndrome do
Pânico” foi crescendo e a Depressão continuando, mas perdendo o seu glamour
psicológico.
Hoje até crianças com
a Síndrome. Ou, então, aventam a possibilidade de que uma criança de quatro
anos esteja já “panicada”. Crianças “deprimidas” já se tornou algo corriqueiro.
Outro fenômeno psicológico-urbano em construção. Sim! Porque
muitas coisas acabam virando uma moda da alma dolorida. Trata-se de um
crescente fenômeno de Dissociação da Realidade, e que faz a pessoa estar
presente sem se sentir presente. A sensação é de ausência. E, na maioria das
vezes, além dos traumatizados por fortes experiências, tal fenômeno atinge os Internautas viciados.
A pessoa passa tanto tempo em chats, em amizades distantes,
que, quando volta do ambiente virtual, ou que tem que lidar com as pessoas
reais no mundo concreto, ela não sabe mais se sentir em contato.
Então, a cabeça começa a ficar distante. A pessoa se sente
como uma observadora dos acontecimentos, mas como se ela fosse um fantasma. A
invisibilidade virtual toma conta dela; e, agora, diante de gente concreta, ela
sente essa ausência profunda. Todavia, se você pergunta se na sala virtual ela
sente-se desse modo, a resposta é que “não”; que “lá ela se sente presente”.
Assim, o que sobra é um mergulho cada vez mais profundo na
virtualidade dos relacionamentos sem toque, cheiro ou convívio; pois, no mundo
dos sentidos, fora desse Matrix relacional, tudo parece não existir e não ter
mais sentido.
Entretanto, tal experiência é um fenômeno de profunda
dissociação do mundo e da vida. E como as pessoas são forçadas, por uma razão
ou outra, a saírem da câmara matrixiana e lidar com a vida (emprego, escola,
faculdade, família, etc.) — não conseguindo mais se sentirem parte de nada
tangível, elas mergulham em Depressão e ou na Síndrome do Pânico.
Hoje você ouve as
pessoas dizerem que precisam de seu computador ligado à rede, mas do que de
qualquer outra coisa. O remédio é a virtualidade, numa evasão do mundo
concreto; o que vai gerando um processo de sensorialidade dissociada da vida,
único lugar onde os sentidos são tocados pelo outro. Cada vez mais as pessoas
queixarem-se de que estão, mas não se sentem presentes em nada, em lugar algum.
Ora, tais cenários de
natureza apocaliptico-existencial remetem-me diretamente para um texto em
Apocalipse 9:
Abadom e Apoliom, cujo significado único em ambas as línguas
é destruição, é o mal que começa a morder as almas humanas sem esperança ante o
complexo de coisas que governam e dirigem a humanidade para a morte por medo e
pânico — conforme Jesus disse que seria. Quando se descreve a aparência desses
seres, o que se vê é um composer de tudo aquilo que existe como fenômeno
social, político, econômico, e, sobretudo, psicológico, na Terra; e que só
tende a crescer.
Sim! Porque esses bichos que saem do porão do Inconsciente
Coletivo da Humanidade são feitos de nós mesmos e de nossas mazelas, de nossos
ódios, inimizades, ameaças, guerras frias e quentes; de nossa inteligência
malévola, de nosso erotismo descontrolado, e de tudo o mais que nós chamamos
negativamente de “mundo”
Esse tempo já chegou como nunca antes!
E apenas crescerá entre nós...
O Apocalipse diz que tais poderes terão seu domínio sobre
todos, exceto sobre aqueles que entregaram a “fronte”, ou a mente, ou a razão,
ou a consciência ao Cordeiro; a fim de que sejam protegidos contra a Síndrome
de Abadom e Apoliom; e que será a Síndrome Universal do Pânico; a qual fará a
síndrome do pânico atual parecer uma gripe, se comparada a um câncer nas vias
respiratórias.
O que protege a alma é o “selo do Cordeiro”.
Ora, em Efésios 1: 12-14, Paulo diz que esse “selo” é a
Esperança no Espírito Santo, a qual nos guarda a alma na certeza da Redenção.
Cada dia mais se estará ante uma situação para qual já não
haverá mais fuga; nem mesmo mediante os mais sofisticados mecanismos de evasão
da realidade.
O desejo de morrer grassa entre nós. Crianças, jovens,
adolescentes, adultos e velhos começam a desejar morrer. Há aqueles que me
dizem como um Jó em agonias que não desejariam ter nascido, ter posto a cara
para o lado de cá.
O cenário melancólico e lúgubre do livro do Eclesiastes
começa se tornar tolo como um gibi de desesperança infantil, posto que o
cenário que já está posto é de uma realidade inescapavelmente diabólica para a
alma humana.
logo palavras de lucidez e de bom senso; e não estou
construindo nenhuma ficção. A vida confirma e confirmará a cada dia mais a
veracidade destas minhas palavras, e que nada mais são que a tradução do que o
Apocalipse chamou de ação da destruição existencial contra toda vontade de
viver.
Nele, em Quem temos o Selo da Esperança,
JESUS CRISTO
Caio Fabio
Caio
Pais, amigos, amantes, mundos virtuais. Pura e total
tragédia humana!