quarta-feira, 25 de março de 2009

Convite à Santificação
Arival Dias Casimiro
1º Coríntios - 1 - 1 : 2

A principal marca da Igreja ou do povo de Deus é a SANTIDADE. A Igreja é a comunidade dos "santificados em Cristo", daqueles que foram chamados para uma vida de santificação. Cada cristão é um "santificado" que precisa crescer em santificação. Paulo declara: "À igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso" (1 Co 1.2).

O desprezo a santificação é a causa de todos os problemas espirituais da igreja, ontem e hoje. Escândalos sexuais, soberba, glutonaria, embriaguez, falta de compromisso com as cousas espirituais são apenas sintomas da ausência de santificação. Infelizmente, há, hoje, um grande desprezo com a prática da santificação. Buscamos soluções carnais, para problemas espirituais. Queremos resolver o problema do pecado com conversas fúteis, com estratégias de comunicação, com dinâmicas de grupo, com programas de entretenimento. Se há desprezo com a santifacação, a causa do problema está identificado:"Porquanto Deus não nos chamou para a impureza e sim para a santificação. Dessarte, quem rejeita estas cousas não rejeita o homem e sim a Deus, que também vos dá o seu Espírito Santo" (1Ts 4.7-8).

Gostaria de destacar quatro aspectos bíblicos da doutrina da santificação.

Primeiro, santificação significa "separação".

O conceito bíblico de santidade é simples e inquestionável: santificação = separação. Este termo aparece pela primeira vez na Bíblia, em Êxodo 3.5: "Deus continuou: não te chegues para cá; tira as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é terra santa". A expressão "terra santa" significa "terra separada", isto é, o que faz daquele espaço ser santo é a presença de Deus. O que faz a diferença entre o povo de Deus e o mundo é o fato de que Deus habita "com" e "no" seu povo. Somos santos porque somos habitaçao de Deus (2 Co 6.14-18; 1 Co 6.19-20).

Segundo, santificação deve ser separação "de" e "para".

Quando uma pessoa é convertida por Deus é separada do mundo para dedicação exclusiva a Deus. Ela é separada "de" uma vida mundana "para" uma vida de santificação.

Um dos paradigmas diabólicos que precisamos quebrar hoje, na Igreja, é o de que podemos servir a Deus sem rompermos com o mundo, ou as práticas mundanas. Há pessoas que acham que podem servir a Deus, mesmo convivendo com as práticas mundanas. Paulo adverte-nos que a santidade cristã é oposta à dissolução (Ef 4.17-24). Maus hábitos devem ser substituídos por hábitos santos (1Pe 1.15-16).

Terceiro, santificação deve seguir o padrão divino.

Toda cultura tem o seu padrão de "sagrado". Esses padrões são também chamados de "tabu" e são relativos de cultura para cultura. Todo tipo, porém, de santidade criada pelo homem é inútil! (Cl 2.20-23).

Para que alguém seja considerado santo aos olhos de Deus, precisa ser santificado por Ele. Somente aquele que recebe a Jesus Cristo como seu salvador pessoal, é perdoado e santificado por Deus. A santificação, também, é um processo que tem como referencial a revelação de Deus. No contexto cristão, "sagrado" significa aquilo que é "separado para Deus". Na Lei do Antigo Testamento aprendemos que a santificação envolvia pessoas, comportamentos, objetos, lugares e tempos santos. (Lv 27.30). Tudo era estabelecido por Deus e dedicado a Ele.

Jesus condena toda tradição humana que tenta substituir os princípios da Sua Palavra, no processo de santificação pessoal (Mc 7.1-23).

Quarto, santificação requer apresentação.

No ato da conversão ou da santidade da salvação, Deus opera de forma soberana e irresistível. No processo de santificação, Deus trabalha naqueles que se oferecem. A participação do crente é requerida por Deus. Leiamos o que diz Paulo: "Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional" (Rm 12.1). O termo "apresentar" significa "oferecer" ou "dedicar exclusivamente" Observe que "apresentar" não é uma ordem, mas um convite; "apresentar" é um convite para os "irmãos", e não para os incrédulos; "apresentar" não é um ato separado da salvação, mas contínuo a mesma.

Meus irmãos: o caminho de Deus para o seu povo é a santidade. Sem santificação, jamais veremos aos Senhor! Apresente-se a Deus em ato de dedicação exclusiva. Rompamos com o pecado, com o mundo e com os hábitos do velho homem. 

segunda-feira, 23 de março de 2009

 O inimigo de vocês anda ao redor como leão que ruge

1º Pedro - 5 - 8 : 9

Amados irmãos no Senhor Jesus Cristo,

Vocês viram aquela propaganda na TV contra as drogas? Naquela propaganda são mostradas imagens de uma pessoa jovem e bonita, tomando drogas. Assim, usando drogas, aquela pessoa tão jovem e bonita, está feliz e pensa que está no paraíso. A experiência é maravilhosa. No entanto, alguns dias ou semanas ou meses mais tarde, aquela mesma jovem está irreconhecível, feia, abandonada e desesperada. Ela está presa em grilhões de arame, gritando de desespero. Então vem a conclusão da propaganda: "Drogas nem morto"! Quer você esteja vivo, quer você esteja morto, jamais tome drogas! Irmãos, essa propaganda é interessante. Ela é interessante pois ela nos mostra que existem forças e poderes perigosos que são capazes de acabar com a vida de qualquer um. Um exemplo dessas forças e poderes são as drogas. Essas drogas prometem o céu. Aquele que começa a usá-las, sente uma sensação extraordinária, uma sensação como se estivesse subindo uma escada ao céu. Mas, depois da altura, vem a loucura. A pessoa jovem e bonita, que foi enganada pelas drogas, cai no chão e fica deitada na sujeira do esgoto, e não tem mais como se levantar. De repente a vida se tornou um pesadelo e não há mais nada se não desespero. Irmãos, é bom entendermos que assim há muitos poderes, que são capazes de destruir a vida de qualquer um que se descuidar. Além das drogas, existem ainda muitas outras forças perigosas, forças devastadoras, que deixam o homem que foi criado por Deus, caído e destruído, no fundo do poço, sem esperança, e longe, muito longe do paraíso de Deus.
Irmãos, jovens, estamos falando de um assunto muito importante para cada um de nós. Não estamos falando sobre perigos que apenas ameaçam aqueles que usam craque ou maconha. Estamos falando de perigos que ameaçam qualquer ovelha que faz parte do rebanho de Cristo. Estamos falando de perigos que ameaçam até os líderes da Igreja, os pastores, os presbíteros e os diáconos, os quais servem e devem servir como exemplos para o rebanho. Vejam só! O próprio Senhor Jesus Cristo, que é o Supremo Pastor de todas as ovelhas que ouvem a sua voz, ele avisou aos seus discípulos que se prevenissem contra aquelas forças e poderes destruidores, que são capazes de acabar com a vida de qualquer um. O próprio Senhor deu um alerta aos líderes da Igreja. Ele disse a Pedro e aos demais discípulos: "Tenham cuidado"! Cuidado com o quê? O Senhor estava pensando em quê? Será que o Senhor tinha talvez medo que Pedro, João e Tiago fossem experimentar drogas? Será que o Senhor tinha medo que os líderes da Igreja, os apóstolos, fossem fumar maconha? Irmãos, é o seguinte: O Senhor tinha medo que o seus amigos fiéis, seus seguidores de sempre, se tornassem vítimas de determinados poderes diabólicos, cuja ação é tão devastadora como as drogas. O Senhor deixou isto bem claro: "Tenham cuidado para que os seus corações não fiquem carregados de libertinagem, bebedeira e ansiedades da vida" (Lucas 21:34). É isto, irmãos! Aquele, cujo coração só pensa em libertinagem, farra, bebidas, festas mundanas, sensualidade e sexo, ele está sendo ameaçado por um dos maiores perigos do mundo. Tal pessoa acha que a vida é uma sensação, tal pessoa acha que a vida é um espetáculo. Mas a vida dela corre o risco de naufragar do mesmo jeito que o Titanic naufragou. Assim correm também um risco enorme aqueles que vivem carregados de ansiedades da vida. As pessoas que somente vivem pensando em aumentar as economias e em conseguir mais dinheiro, elas também vivem expostas às forças e poderes terríveis que fazem com que as pessoas se desliguem de Deus e do rebanho de Cristo.
Por isso o apóstolo Pedro, seguindo os ensinamentos do Supremo Pastor Jesus Cristo, disse, também a cada um de nós: "Sejam sóbrios e vigiem"! Quer dizer: Tomem cuidado! Fiquem em estado de alerta! Não deixem se dominar pelo desejo de sentir prazer, ou pelo amor ao dinheiro. Pois esses dois, que muitas vezes andam de mãos dadas, o desejo de sentir prazer carnal e o amor ao dinheiro, são drogas fatais. Esses dois têm poder para destruir a vida de qualquer um. Sendo levado por desejos carnais, ou cobiçando o dinheiro, o homem perde a capacidade de agradar a Deus. Assim o homem se desvia da fé e da piedade. Assim, seguindo os desejos carnais do seu coração ou querendo tornar-se rico, o homem exclui Deus da sua vida. Assim o homem começa a viver como uma pessoa drogada, uma pessoa que somente pensa naquele único desejo que ele tem. Satisfazer aquele desejo, o desejo de beber, o desejo de sentir agitação, o desejo de ganhar dinheiro, satisfazer aquele desejo se torna uma obsessão. O homem é assim, alimentando cada vez mais seu desejo errado, está perdido. No coração dele não sobra mais espaço para Deus. Irmãos, para que isto jamais aconteça conosco, temos que tomar cuidado. Temos que estar em estado de alerta. Temos que analisar os nossos pensamentos. Temos que colocar a nossa cabeça no seu lugar. E temos que fazer certas perguntas bem sérias. São as seguintes: Como está a nossa vida? Quais são os nossos objetivos? Para que nós vivemos? Será que os nossos corações são santuários de Deus? Ou devemos reconhecer, que os nossos corações estão carregados de desejos carnais, valorizando a bebida, o sexo, o jogo, ou o dinheiro, e ficando sem espaço para Deus?
Irmãos, este assunto é importantíssimo para cada um de vocês - e também para mim! O assunto é também um assunto muito sério. Sabem por que o assunto é tão sério? É o seguinte: "O diabo, o inimigo de vocês, anda ao redor como leão que ruge, procurando a quem possa devorar" (1 Pedro 5:8). Quer dizer: Atrás de todos os desejos errados em nossos corações, estão as garras do diabo. E não pensem que o diabo é um anãozinho divertido, com traços de um bode. O diabo é uma fera cruel e feroz. Ele é um leão, um leão que ruge, quer dizer, um leão que está pronto para o ataque, pronto para pegar qualquer ovelha que se afastasse do rebanho. Assim as pessoas, cujos corações estão carregados de desejos carnais e pensamentos em dinheiro, estão na mira do nosso grande adversário e inimigo. É bom nós sabermos isto. Assim podemos entender que os desejos carnais e o amor ao dinheiro, não são sentimentos indiferentes ou inocentes. Os nossos desejos errados são tentações diabólicas. Os desejos carnais e o amor ao dinheiro, eles são caminhos para morte. Quem anda nesses caminhos, querendo agradar a seu coração, cai mais cedo ou mais tarde nas garras do diabo e vai ser devorado. O diabo não deixa escapar a ninguém. Ele sempre está de prontidão. Ele não está drogado. Pelo contrário, o diabo está afiado. Ele está afiado como leão que ruge. Assim, rugindo, ele já deu o sinal para o ataque. Temos que saber isto, irmãos, para que não enchamos os nossos corações com nojeira e cobiça, e para que tomemos muito cuidado.
O que então devemos fazer? O que devemos fazer, se somos jovens ou adultos, que têm esses desejos muito fortes em seus corações? O que devemos fazer, o que podemos fazer, se o nosso coração está pedindo bebida, ou se o nosso coração está transbordando de desejos sensuais? O que devemos fazer, se o nosso grande ideal é ficar rico e ter uma vida melhor? O que fazer quando muitos que vivem sem Deus nos fazem inveja? O que fazer quando vemos pessoas incrédulas que levam uma boa vida, enquanto você filho de Deus tem uma vida dura? Irmãos, antes de mais nada temos que ter consciência de que o diabo está atrás de todos esses desejos ardentes do nosso coração. É isto que temos que perceber! Atrás desses desejos está uma fera que procura a quem possa devorar. Por isso jamais temos que ter inveja dos incrédulos. A única coisa que temos que fazer é tomar muito cuidado. O diabo está envolvido. Por isso a nossa resposta deve ser uma resposta firme. Por isso a posição que tomamos, tem que ser uma posição radical. O diabo está mexendo com os nossos sentimentos e desejos. Então temos que reagir com firmeza. Temos que "resistir ao diabo, permanecendo firmes na fé" (1 Pedro 5:9). Esta é a ordem de Cristo. Outras pessoas, pessoas que não conhecem Cristo, podem fazer o que quiserem. Outras pessoas podem beber quanto quiserem, podem praticar sexo livre e prostituição, podem enganar seus próximos, podem ganhar dinheiro do jeito que quiserem. Mas nós que somos filhos de Deus, temos que dizer ‘não’! Por difícil que seja, temos que resistir, tomando uma posição firme, cortando os nossos desejos errados pela raiz. Temos que ter fé em Deus. Temos que permanecer firmes na fé, esperando em Deus, que jamais deixará que o justo seja abalado. Temos que permanecer firmes na fé, sempre esperando tudo de Cristo. Irmãos, jovens, pais, solteiros, casados, congregados, membros, e oficiais, vamos resistir ao diabo, permanecendo firmes na fé, trabalhando na Igreja em sujeição ao nosso Supremo Pastor Jesus Cristo.
Isto não é fácil. O fácil é não resistir a nada. O fácil é seguir os maus desejos do seu coração. O fácil é fazer o que a maioria faz. Nós, porém, temos que fazer o que Cristo nos ordenou, por difícil e doloroso que seja. Cristo exige que crucifiquemos a nossa própria carne e que neguemos os desejos mais íntimos do nosso coração corrompido. Isto não é nada fácil. O jovem que serve a Cristo, ele não tem os mesmos desejos que todos os outros jovens? Muitos jovens só pensam em dançar, beber, paquerar, namorar, ficar e transar e etc. Por este motivo muitos jovens participam dos bailes e das festas mundanas. Porém, o jovem crente, por mais que seu sangue esteja fervendo, vai ter que afastar-se destas coisas. O jovem cristão, ele toma uma atitude totalmente diferente do que a dos seus companheiros. Ao invés de alimentar seus desejos carnais, o jovem cristão sacrifica os, guardando-se incontaminado do mundo. Isto não é nada fácil. Mas tem que ser assim. Também não é nada fácil ser membro efetivo da Igreja, trabalhando muito, sem ganhar nada. Muitos só trabalham para ganhar. Assim há muitos que trabalham dia e noite, sete dias por semana, somente pensando em ganhar dinheiro. Mas o homem que é servo de Deus, não faz isto. O homem de Deus não tem essa atitude. Pelo contrário, o homem que é servo de Deus, ele trabalha para sustentar a sua família, e além disto, trabalha na casa do Senhor, por amor e sem ganhar nada, e ainda contribui com suas ofertas. Isto, muitas vezes, não é fácil, principalmente quando as economias estão apertadas. Mas tem que ser assim. Somos filhos de Deus, não para agradar aos nossos desejos, nem para lucrar, mas para agradar ao nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Irmãos, jamais devemos ficar tristes quando pensamos nestas coisas. Aquele que está sofrendo na Igreja, por ter cortado os seus desejos errados, por ter perdido amigos errados, ou por ter trabalhado muito na Igreja sem receber dinheiro, ele pode estar pensando que a sua situação está lamentável. Ele pode até pensar que a sua situação está mais lamentável e miserável do que a situação de todos os outros. Assim podemos ficar tristes e desanimados. Assim podemos sentir-nos sós. Assim podemos até sentir invejas dos incrédulos, que vivem sem Deus, sem ter preocupações. Mas vejam bem! Nós não somos as únicas pessoas sofridas. Que ninguém pense que a vida dele está pior do que a vida dos outros. Que ninguém pense que é o único mártir. "Os irmãos que nós temos em todo o mundo, e principalmente os irmãos nossos que nós temos no nordeste do Brasil, estão passando pelos mesmos sofrimentos" (1 Pedro 5:9). Os sofrimentos pelos quais nós passamos, fazem simplesmente parte da vida cristã. Todos esses sofrimentos, todos esses sacrifícios que nós jovens e nós adultos fazemos, são uma coisa normal na vida dos filhos de Deus. Então, vamos suportá-los! E, vamos perseverar! Vamos sofrer como cristãos. Isto é muito melhor do que o divertimento vazio do mundo. Vamos sofrer fazendo o bem. Isto é muito melhor do que andar no caminho da morte e cair nas garras do diabo. É muito melhor sofrermos por um pouco de tempo, do que ficarmos alegres por um pouco de tempo para depois sofrer o castigo de Deus. Irmãos, não fiquem tristes, quando sofrem como cristãos. Também não tenham inveja de ninguém. Não se entreguem à bebida para assim vencer a tristeza ou buscar a alegria. Não usem drogas! Resistam ao diabo, permanecendo firmes na fé. Deus não os chamou para viver como pessoas drogadas. Deus não os chamou para viver sem saber o que vocês estão fazendo. Deus não os chamou para serem tontos e malucos. Deus não os chamou para sentir muita adrenalina e vibração, e para depois cair na sujeira do esgoto. Deus não os chamou para voar até o céu, e para depois serem lançados no inferno. O Deus de toda a graça os chamou para a sua glória eterna em Cristo. Por isso vocês têm que permanecer firmes na fé! Fujam do diabo e de todos os desejos sensuais e gananciosos. Suportem os sofrimentos que lhes sobrevêm. Assim a sua vida jamais acabará em droga. Assim vocês alcançarão a glória de Cristo. Assim, depois de terem sofrido por um pouco de tempo, Deus os restaurará, confirmará, fortalecerá e alicerçará. A ele seja o poder para todo o sempre. Amém. 
                                                                                                      
Cristo, meu poder para um viver santo
PT.Otoniel de Carvalho,
1º Pedro - 1 - 13 : 16

INTRODUÇÃO:


a) Muitos cristãos pensam que sua vida espiritual possa ser comparada a um desses pilotos automáticos dos aviões modernos. Julgam que, depois de haverem atingido certa “altitude” espiritual, mediante o conhecimento e aceitação de Cristo, e tendo-se postado na direção da Nova Jerusalém, possam deixar tudo a cargo do piloto automático e chegar a salvo à cidade celestial, vivendo despreocupados no que se refere à sua vida espiritual.


b) Na vida do crente, nada existe de automático. Sua vida é uma batalha na qual deve estar empenhado ativamente dia a dia. Nossa dedicação ao Senhor deve ser renovada a cada dia.


c) Nessa mensagem à Igreja, desejamos enfatizar a vida cristã em sua continuidade. Qualquer cristão pode perguntar a si mesmo e também a Deus: “Estou salvo, e agora?” Esta mensagem propõe responder honestamente a essa pergunta importante.


I. BUSCANDO A SANTIFICAÇÃO (Filipenses 2:12-15).


a) A santificação vinda de Deus ao crente não é uma ato único, isolado, mas um processo permanente. Esse processo se inicia na conversão, e continua por toda a vida cristã, até que o crente venha a falecer. Um processo diário, que se renova a cada manhã (Lamentações 3:22-23).


b) Estamos verdadeiramente empenhados numa batalha ao lutarmos contra os poderes das trevas. Nada é automático em nossa vida espiritual. Precisa haver luta diária.


c) O cristão fiel toma a sério as coisas sagradas e sua relação pessoal com Deus. Jesus não foi até à cruz para que fiquemos onde estamos. Por meio do Seu Santo Espírito quer Ele fazer de nós novas criaturas. É esse o motivo pelo qual temos de considerar com a máxima seriedade esse problema. Na Carta aos Hebreus, lemos: “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá ao Senhor.” Hebreus 12:14.


d) Ser santo significa pertencer inteiramente a Deus. O apóstolo Paulo, escrevendo a Tito, explicou-lhe qual foi o objetivo de Jesus ao morrer pelos pecadores: “Porquanto, a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos no presente século, sensata, justa e piedosamente; aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus, o qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniquidade, e purificar para si mesmo um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras.” Tito 2:11 a 14.


e) Deus quer ter nesse mundo, testemunhando dEle e por Ele, “um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras.” (Tito 2:14). Santificação significa ser “exclusivamente” de Jesus. Deus não aceita partilhar o coração dos Seus filhos, a quem salvou, com nenhum outro poder, quer seja deste mundo, quer seja de outro lugar. Que é de Deus, precisa ser somente de Deus. Isto é santificação: Consagração total da vida a Deus.


f) Jesus orou a Seu Pai: “A favor deles eu me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade.” João 17:19.


II. JESUS, NOSSO MODELO IMPECÁVEL


a) Ellen White afirma: “Cristo tomou sobre si a nossa natureza, tornando-Se um modelo impecável para os homens. Não cometeu faltas, para que também nós sejamos vitoriosos e entremos em Seu Reino como vencedores. Orou para que fôssemos santificados pela verdade. Que é a verdade? Declarou Ele: ‘A tua palavra é a verdade.’ Seus discípulos teriam de ser santificados mediante a obediência à verdade. Diz Ele: ‘Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra.’ Essa oração foi feita por nós. Temos que ser levados a uma sagrada intimidade com o Redentor do mundo. Temos de ser um com Cristo, assim como Ele e o Pai são um. Que maravilhosa transformação experimenta o povo de Deus ao entrar em comunhão íntima com Jesus! Temos que subjugar todos os nossos gostos, inclinações, ambições e paixões, e pô-los em harmonia com mente e o espírito de Cristo.


b) “Esta é a obra que o Senhor deseja que façamos em prol dos que nEle crêem. Nossa vida e comportamento têm que ser uma força modeladora do mundo. O Espírito de Cristo tem que exercer influência controladora na vida de Seus seguidores, para que falem e se comportem como Jesus. A graça de Cristo tem que operar uma transformação extraordinária na vida e no caráter do recebedor.” E.G.W., My Life Today, pág. 252.


III. TRÊS AGENTES DE SANTIFICAÇÃO


a) Cristo, o Filho de Deus, nos santifica se O aceitamos plenamente; se buscarmos sua companhia e se procedermos em conformidade com Sua Palavra, então seremos batizados com Seu Espírito. Estes são os três agentes divinos que operam a nossa salvação: JESUS CRISTO, A PALAVRA DE DEUS e o ESPÍRITO SANTO.


1. PERMANECER EM JESUS CRISTO


b) Paulo declara: “Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas cristo vive em mim; e esse viver que agora tenho na carne, vivo pela fé no filho de Deus, que me amou, e a si mesmo se entregou por mim.” Gálatas 2:20-21. Viver “em Cristo” significa salvação da condenação causada pelo pecado: “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que vivem em Cristo Jesus.” Romanos 8:1. E mais ainda: “Se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas antigas passaram, e eis que tudo se fez novo.” II Coríntios 5:17. Viver em Cristo significa viver uma nova experiência de vida, na qual as coisas do passado são deixadas para trás, e avança em santificação em Jesus.


c) A vida de Paulo foi imersa na vida de Jesus. Paulo permitiu que Jesus aparecesse como o destaque maior em sua vida diária. Santificação é isto: Deixar que Jesus seja o maior destaque em sua vida. Ocorre a morte espiritual do “eu”, e a vida é toda ela submetida ao senhorio de Jesus. O comando da vida de um crente em processo de santificação pertence a Jesus. Ele é o Senhor do crente. Este é o servo de Jesus Cristo (Romanos 1:1).


d) Jesus revelou qual é o segredo para o cristão ter uma vida de atuante processo de santificação: “Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira; assim nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira, vós os ramos. Quem permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” João 15:4-5. O segredo do sucesso, no processo de santificação, é “PERMANECER” em Jesus. Logo, santificação não é um ato isolado na vida, um ato casual. É um processo de imersão e permanência em Jesus Cristo.


2. ESTUDAR E OBEDECER À PALAVRA DE DEUS


a) Ellen White escreveu: “Nunca houve tempo em que haja sido tão importante que os seguidores de Cristo estudassem a Bíblia como agora. Influências enganadoras estão por toda parte, e é essencial que vos aconselheis com Jesus, vosso melhor amigo. Declara Davi: ‘Escondi a tua palavra no meu coração, para não pecar contra ti.’ Salmos 119:11. A obediência à Palavra de Deus é nossa única salvaguarda contra os males que estão assolando o mundo para a destruição.”


b) Jesus orou ao Pai: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.” João 17:17. Deve todo cristão sábio, que permanece em Cristo, estudar a Palavra de Deus diariamente. Mas não deve apenas estudar, mas também obedecer a tudo o que a Palavra de Deus ensina para nossa vida hoje. Devemos fazer da Palavra de Deus uma bússola para nos guiar ao rumo certo.


3. IMPORTÂNCIA DO ESPÍRITO SANTO


a) O Espírito Santo de Deus é importante Agente divino no processo de santificação do crente fiel. É Ele quem nos habilita para uma vida de fidelidade a todos os mandamentos de Deus. É o Espírito Santo quem nos convence do pecado, da justiça e do juízo vindouro, no qual todos seremos julgados (João 16:8-11).


b) Quando Deus fala a Seu povo, mediante o Espírito Santo, e o cristão não obedece nem respeita os conselhos do Espírito Santo, este fica triste com essa maneira de agir do crente, o qual está recusando submeter-se à disciplina da santificação (Efésios 4:30).


c) O Espírito Santo recebeu de Deus a missão de honrar a Jesus Cristo diante dos homens, conduzindo os cristãos a reconhecerem em Jesus seu Único Salvador. Jesus declarou: “Quando vier, porém, o Espírito da verdade, Ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará as coisas que hão de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar.” João 16:13-14.


d) Quantas vezes os cristãos entristecem ao Espírito Santo, por causa de suas vidas incoerentes, mundanizadas, falta de oração e de estudo da Bíblia, e também falta de respeito para com as coisas sagradas. Entristecemos ao Espírito Santo quando nos recusamos a obedecer a todos os mandamentos de Deus, preferindo sermos senhores para nós mesmos.


e) Pecar contra o Espírito é rejeitar o último agente da Graça, que Deus enviou para nos atrair para Ele, e para nos manter ligados a Ele. Pecar contra o Espírito é rejeitar insistentemente a Graça de Deus, mesmo depois de O haver conhecido. É insistir no erro, quando sabe o que é a verdade.


f) Depois da obra do Espírito, não restará mais nenhuma obra de Deus para atrair os homens à salvação. Findo o tempo da Graça, o Espírito de Deus se afastará da Terra, e não mais o favor de Deus será estendido aos homens. Por isso, Deus aconselha: “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações.” Hebreus 3:15.


IV. SANTIFICAÇÃO RELACIONAL


a) Somente Deus é inerentemente santo. Ele sempre foi santo e sempre será santo. Santidade é parte fundamental e permanente do Seu caráter. Ele declarou de Si mesmo: “Sede santos, porque eu sou santo.” I Pedro 1:16.


b) Todas as pessoas e coisas que estão diretamente envolvidas e relacionadas com Deus são declaradas santas, embora não o sejam em si mesmas, sozinhas. O sábado é santo porque Deus o separou para esta finalidade.

c) O homem é declarado santo quando é separado para servir exclusivamente a Deus. O templo é declarado santo porque se trata de um edifício consagrado ao culto a Deus. O dízimo e as ofertas são declaradas santas porque são usados por Deus para propagação da fé. A Bíblia é declarada santa porque revela a santa vontade de Deus aos homens. E assim é santo relacionalmente todas as coisas e todas as pessoas que são entregues nas mãos de Deus, para servirem aos propósitos de Deus.


c) SANTOS RELACIONAIS. Assim são as pessoas que servem amam e servem a Deus fielmente. Enquanto mantiverem um relacionamento pessoal com Deus; enquanto consagrarem sua vida a servir a Deus fielmente; enquanto permanecerem unidos a Jesus Cristo, respeitando e obedecendo ao Evangelho, Deus os declara santos, pois estão numa relação de união com Deus.


d) Caso um cristão se afaste de Deus, deixe de relacionar-se pela fé com o Senhor, passando a viver dissolutamente, agindo em desobediência aberta e hostensiva a Deus, perderá a santificação, pois se afastou do Senhor. A santificação, na vida desse crente, passará a ser um processo estagnado, parado, havendo retrocesso nos elementos que avançou.


Lembre-se: Você não é santo porque em si mesmo haja um manancial de santidade. Você é um santo em construção. Cada ato de fé e dependência de Deus, expresso em obediência irrestrita ao Senhor, é um tijolinho acrescentado a essa construção divina chamada de processo de santificação. É um passo à frente, em direção a Deus. Somente Deus é Santo no sentido pleno, total 

quinta-feira, 12 de março de 2009

Pecado, Pecadinho e Pecadão: Como Identificá-los?
Todo mundo fala que “para Deus não existe pecadinho e pecadão”. Será que a voz do povo é a voz de Deus? Com muita certeza sabemos que não. Então vamos ver o que diz a Bíblia, a verdadeira voz de Deus?
Jesus fala para Pilatos e diz: “Quem me entregou a ti MAIOR pecado tem.” A Bíblia diz que: “Há pecados que são para a morte e há pecados que não são para morte.” Moisés guiado pelo Altíssimo ensinou que certos pecados requeriam uma pombinha e outros um touro. Sim, os livros de Moisés já demonstram uma distinção entre pecados pelo fato de alguns merecerem certos castigos e outros apedrejamento e morte.
Jesus demonstra que alguns pecados são comparados com moscas e outros, camelos. Dizimar do chazinho e cumprir certos detalhes da vida religiosa pode ser comparado como coar moscas. Deixar de usar da bondade, da justiça e da misericórdia, para Jesus, é engolir camelos.
Na parábola do Bom Samaritano, o levita e o sacerdote quem sabe estavam preocupados com seus compromissos religiosos ao passarem pelo homem atacado pelos ladrões sem o ajudar. Estavam coando mosquitos e engolindo camelo. O Bom Samaritano, que era da considerada religião pagã, corrupta e imunda pelos judeus, quem sabe errava em seus conceitos e doutrinas, mas não era capaz de engolir um camelo deixando de ajudar aquele homem. Provavelmente poderia estar até engolindo moscas, mas não engoliu camelo!
EGW diz em Caminho a Cristo, pág. 30: “Tanto pra Deus como para o homem há diferenças entre pecados” Para o homem a bebedeira é tido como um grande pecado, mas para Deus, o orgulho e o egoísmo são as piores ofensas.” Isso acontece porque são justamente os atributos que mais O contrariam, pois Ele é o Deus da dádiva, da bondade, da humildade, Ele é exatamente o contrário do orgulho e do egoísmo. Glorias ao Deus da bondade e da humildade? Sim, demos glórias!
Quando somos muito organizados, o que mais nos ofende  em alguém é a sua desorganização. Quando somos altruístas, a avareza de alguém nos arde os olhos. E Deus?  Deus é perfeito em tudo, portanto todo e qualquer pecado lhe ofende, mas os maiores pecados, aqueles de onde se originam todos os outros e certamente causam maiores danos, estes são mais ofensivos a Ele. Em Provérbios temos claramente isto repetidas vezes...  “seis coisas o Senhor detesta e a sétima seu coração abomina” lembra?
A glória de Deus vista por Moisés fez com que Ele declarasse a bondade, a paciencia e a misericordia de Deus. Entendemos então que a santidade de Deus é aquela repleta de atributos e virtudes santas, como a humildade, a misericordia, altruismo... . A santidade de Deus nos fulminaria porque ele enxergaria em nós os avessos à verdade, aos valores que ele possui. A nossa presença pecadora diante dEle causaria uma ira em Deus tamanha, e seríamos num instante reduzidos ao pó, só o sangue de Jesus pode nos apresentar diante do pai. Naquele sacrificio mora nossa justiça e salvaguarda. Em muita humildade devemos temer e tremer diante do altíssimo.
O estudo das dimensões de pecados é  importante porque temos visto na escala de valores do povo em geral e também entre o povo de Deus, uma verdadeira perdição na capacidade de avaliar culpas, ofensas e pecados.
Estamos cansados de ver gente fazendo tempestade de um copo de água e fazer de copos de água, tempestades. Temos coado mosquitos e engolido muitos camelos na vereda espiritual. Devemos então conhecer sobre esta questão, do contrário estaremos mais vulneráveis a repetir  a triste e repreendida historia dos fariseus. Queremos ser mais semelhantes a eles? É claro que não, queremos todos ser “mais semelhantes a Jesus” como cantamos naquele santo hino do querido irmão Costa Júnior.

Qual a solução? Como medir o tamanho de cada pecado?
Muitos não empreendem este pensamento com medo de dar oportunidade a si e a muitos de desculpar coisas que serão julgadas leves, ou pecadinhos. É uma excelente preocupação, digna de louvor. Mas existe um  remédio para ela. Mas antes devemos lembrar que para se curar uma doença maior as vezes temos que aceitar a desdita de um efeito colateral, contudo temos por claro, como dizem as bulas de remedios, “que os beneficios superam os efeitos colaterais”
Creio que  sempre lembrar “que todo o pecado é ofensivo a Deus” que é perfeito, e amar a este Deus perfeito e desejarmos ser como ele, homens e mulheres a sua imagem, será um antídoto deveras eficaz contra este possível efeito colateral indesejável.
Mas pior mal que este acima é a imitação dos fariseus que engoliam camelos(pecados maiores) e coavam mosquitos(pecados menores) que fatalmente ocorrerá entre nós se não tivermos o discernimento do que é mais importante. Devemos buscar ser dessemelhantes aos fariseus  pois ninguém na face da terra prejudicou tanto o trabalho de Jesus como eles.

Então como poder medir o tamanho do pecado? Existe uma fórmula?
Quem dera estivéssemos estudando química, matemática ou alguma ciência exata. Não é o caso. Dependemos para medir os pecados e culpas, de muita sensibilidade moral e conhecimento da escala de valores de Jesus, nosso prumo, nossa fórmula mágica, nosso modelo nos exercícios da matemática espiritual.
Muitas pessoas dizem que o pecado deve ser medido pelas consequências que ele acarreta e isto é um bom começo para sermos mais justos, mais proporcionais, mais adequados ao lidar com a nossa culpa e os pecados que defrontamos ao nosso derredor. Contudo, viajarmos pelos mendros das consequencias é um caminho infinito e certamente perderemos nele, teremos de imaginar destinos, anos, gerações.
Existirá então alguma forma mais eficiente de medir o mal? Em Cristo temos esta resposta, nele encontraremos o caminho, temos lições esplêndidas e santas para buscarmos dele uma mentalidade também santa e celestial, aumentando nossos conceitos significativamente e fazendo com que com os pressupostos dele, com os conceitos que ele estabeleceu, sejam os nossos guias e nos dê a garantia de sermos  inteiramente bem-sucedidos. Amém.
Para Jesus o que era mais importante, o que era mais agravante? Dentro destas perspectivas saberemos e quanto mais o conhecermos,   maior precisão teremos ao avaliar os pecados e os acertos que existem em nós e ao nosso redor. “A vida eterna é esta, que te conheçam a ti, Deus único, e a Jesus, a quem enviaste.” Assim como a técnica do carbono 14  que tenta medir a idade de objetos organicos, está sendo suplantada pela técnica do DNA, muito mais precisa, Deus e seu bendito filho precisam  ser a nossa nova fórmula de enxergarmos este mundo e a nós mesmos.
Contemplemos por exemplo, as palavras santas da bem-aventurança, os novos mandamentos da Nova Aliança que o céu nos presenteou...a Humildade é a primeira delas, depois vemos  a mansidão, o espírito pacificador, a pureza, a misericórdia... o sofrimento pela verdade, o desejo tão intenso de justiça que se traduz em fome e sede! Glórias ao Deus dos valores eternos, das verdades eternas, dos pensamentos elevados, celestiais e santos, santíssimos como é o caráter de Deus!
Falando em “fome e sede de justiça” todos sabemos que o homem é capaz de tudo para Ter o que comer e mais ainda, o homem sente alucinações, tem visões no deserto, quando está com sede. Hoje, creio que nos falta fome e sede de justiça, pois pouco estamos fazendo para que esta se estabeleça. Será que o máximo que podemos fazer é criticar as injustiças? Não precisará esforços e estratégias bem elaboradas para que a justiça aconteça?
Se as bem-aventuranças são  as máximas do Reino de Deus que começa em nosso coração, invisivelmente. Negligenciá-las, seria comparado ao engolirmos camelos e sermos fariseus modernos. Deixar de ser humilde, de se humilhar para pedir perdão ao nosso  filho(a) quando erramos ao corrigir-lhe(a). De se humilhar para reconhecer opiniões e posturas erradas, deixar de chorar perante os pés do Nosso criador e Salvador, confessando-lhe nossas próprias faltas, ou até não enxergando nossas inumeráveis faltas, sem dúvida alguma é maior dos pecados, o mais gordo de todos os  camelos que estaremos engolindo. Diria que nem seja Camelo, se passeassem elefantes na Palestina, didaticamente, para todos recordarem, creio que Jesus compararia a Elefantes tal pecado. Pois nele se concentra toda a razão de nossa desconsagração e toda a causa para que o demônio domine e reine em nossa alma.
Tanto eu, você, a Igreja, as associações e o sistema todo, devem se humilhar perante Deus, devem reconhecer continuamente suas faltas perante o Senhor da Gloria. Devemos todos em espírito de oração e súplicas nos reunir para uma reforma, para o choro, para sermos lavados pelo sangue que perdoa e que nos tornará justos, santos e irrepreensíveis. E é justamente o orgulho que nos impede disso. Neste orgulho imenso, neste elefante que temos engolido, mora o segredo do dominio diabólico e o segredo do poder das trevas.
Expulsaremos pela humildade os nossos acariciados demônios? Estabeleceremos os principios na prática do Reino dos céus? A decisão é sua. Se disser sim, comecemos eu e você agora, ajoelhemos em humilhação diante do Eterno e confessemos nossas multidões de pecados, saiamos então dali purificados e com a presença do Santo e bom Espírito para tirar com clareza os argueiros que temos enxergado nos olhos dos nossos irmãos.
Jeová quer nos visitar hoje, a sua presença deve  ser sentida. Os montes estremecem, por que o povo de Deus não se atina? Ele quer tomar pela mão o seu povo. Se nós nos humilharmos.... mas “as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus para que ele não vos abençoe” nosso orgulho, nossas vaidades, nossos recentimentos, nossa relutância em não dar o braço a torcer, até quando “Oh Jerusalém”

O tamanho dos pecados nas comissões e reuniões administrativas
Quando as reuniões votam em pessoas A, B, C o que elas tem como critérios? Nem sempre, mas muitas vezes os  criterios são mosquitos, moscas e  baratas;  Dízimos, assiduidade aos cultos, vestimenta, se a pessoa não teve algum momento escandaloso em sua vida, etc... 
Se a pessoa for bondosa pouco importa, se for humilde pouco se cogita, se for verdadeira, até nem se recomenda, se for alguém misericordioso não se cita, etc... os valores de Cristo e os critérios de Cristo foram substituidos pelos criterios empresariais, sociais, mundanos. Sem contar a descaradez do critério familiar. Nem chego a citar esta coisa nojenta que muitas vezes deixa de recomendar homens santos de Deus para dar lugar para os sobrinhos de homens e  parentes. Neste ponto seremos cópia, imagem e semelhança da besta, que praticava semelhante situação no poder do clero.
Tudo isto, esta realidade, demonstra nitidamente que não temos a escala de valores de Cristo, mas a dos fariseus, que somos aptos para coar mosquitos e rápidos demais para tragarmos com todo o sabor os elefantes, os camelos e  as girafas.
O mundo, neste ponto, felizmente para eles e infelizmente para nós, está muito mais adiantado. Vemos os advogados e juízes considerarem cada caso com todos os possíveis lampejos de atenuantes e justificativas, todo o grau de culpa é considerado para que se recomende uma sentença justa, proporcional,  ao agravo feito.
Mas nas Igrejas, não querem nem saber, adulterou, era casado ou solteiro, foi tentado ou não: Exclusão! Seguido de  rebatismo ridículo, antibíblico e humilhante. Expondo pessoas publicamente em completo descrédito a palavra de Cristo que tanto fez questão de dizer “entre ti e ele só”.
Justamente nos pregadores da justiça e da misericordia acontece o que se chamaria de “aberração jurídica”. O que falta? Aulas de direito? Não irmãos, falta  Jesus, Je-sus, J-e-s-u-s!
Avaliar as circunstancias de cada situação, Ter os olhos compreensivos de Deus, ser mais dispostos a perdoar que condenar, sermos emaranhados “por ternos afetos de misericordia” e enchermos de rasgação de seda, como se vê nas cartas paulinas, será o caminho da verdadeira união entre o povo de Deus. Nas cartas de Paulo quanto amor! Quanta verdade! Quanta inspiração!

Mas o novo testamento fala da boa reputação. Como fica isso ao recomendarmos alguém?
Boa reputação meus queridos nem sempre tem que ver com fatos ocorridos  moralmente condenáveis. Boa reputação na sociedade, que é um padrão inferior (ou deveria ser) tem que ver com o nível de honestidade, de bondade, de amigos que admiram e confiam naquela pessoa.
É o cheque daquele homem dinheiro,  e sua palavra é um fato? É aquele homem digno de admiração pelo seu esforço, pelo trabalho que desempenha, pela humildade que demonstra? Aquela mulher é esforçada e trabalhadora? Os filhos deles demonstram bondade?
As Igrejas em geral seguem uma forma de ver as coisas muitas vezes abaixo dos critérios da própria sociedade. Por isto que Jesus disse a muitos fariseus: “As prostitutas e os ladrões vos precedem no reino de Deus”. A fé e o amor acontecem em terreno fértil, em terreno humilde... As igrejas além de avaliar pessoas com critérios farisaicos, arrogantes  e obsoletos,  precisam urgentemente aprender a perdoar, devemos desenvolver isso pois estamos no fim!
Não podemos carregar conceitos de reputação inferiores ao da sociedade, nossos conceitos devem ser mais semelhantes aos de Cristo, o Senhor da Glória! Ele chamou para si pessoas simples e pecadores, Davi foi aceito porque sua humildade e capacidade de enxergar suas culpas eram tantas, que Deus o escolheu para projetar as culpas que Cristo sentiria na cruz.
Abraão, por mais que tivesse dito certas mentiras sobre a sua mulher, era um homem tão bom que vemos a liberdade com que Sara se portava, em se tratando de  “mulher daquela época”. Mateus era um judeu e tinha péssima reputação entre os proprios judeus, mas foi escolhido. O irmão Zaqueu, pior ainda, foi dignificado por Cristo ao almoçar em sua casa.  Não é um caso, uma situação de fraqueza, que deveria servir de instrumento de inutilização de muitos homens e mulheres,  onde Satanás e a Igreja se tornam neste ponto amigos e cooperadores.

Um Critério bíblico pouco adotado
Pelo amor que os filhos demonstram aos seus pais se vê a reputação familiar daquele homem ou mulher e se verifica se a pessoa pode ou não cuidar da Igreja. Por isso o apóstolo Paulo fala que o ancião deveria ser a pessoa que soubesse  conduzir sua própria casa. Se a Bíblia fosse nossa única regra de fé, muitos pastores e anciãos, indesejáveis na sua própria família, tendo filhos rebeldes a eles e a tudo, homens sem bondade e sem compreensão, seriam plenamente banidos do sacerdocio e do cargo que ocupam.
Em certa igreja observei a seguinte situação: Havia um homem pobre e humilde que todos os seus nove filhos não faltavam a Igreja, humildes e animados cantavam e tocavam, mas este homem, a uns vinte anos confessou a comissão sobre um pecado escandaloso. A Igreja que prega o perdão e repete mil vezes o caso de Madalena nunca lhe dava algum cargo de maior importância, nunca era convidado a pregar sendo que muitas coisas eu mesmo aprendi com este homem, o máximo que conseguiu ser até hoje é diácono.
No lugar dele, um homem arrogante, legalista, impositor, pai de filhos nitidamente revoltados, sempre ausentes nos cultos conversando nos corredores, era o primeiro ancião daquela igreja por mais de 20 anos. Percebia-se  que este também  era usado por Deus, porque Deus tem misericórdia de todos nós, mas irmãos, fico pensando se a escala de valores de Cristo existisse entre nós, quantas bençãos alcançaríamos a mais?
O que vemos é um eterno coar de mosquitos e uma infindável ingestão de camelos. Passa-se a mão sobre a cabeça de egoístas, orgulhosos e avarentos, elegem-se pessoas para estas “Não ficarem ofendidas” e depois, por causa de uma suposta cerveja, por causa de uma vestimenta, por causa de um caso antigo de fraqueza e queda em tentação, de não devolução de dízimos, são excluído os Davis, os Abraãos, os Oséias, os Paulos, do nosso sitema eclesiástico. O resultado é o que temos visto: Uma liderança que se sente excelente, rica e de nada tem falta.

Este assunto vai longe, como todos os assuntos da Bíblia, pois ela é infinita como Deus o é. Roguemos a Deus, que ao menos o pouco que podemos enxergar das verdades tão eternas e infindas, possamos colocar em prática. Sodré Gonçalves